Cracolândia Vice-prefeito de SP e Derrite comemoram diminuição do ‘fluxo’ da Cracolândia e parabenizam forças de segurança Redação14 de maio de 2025017 visualizações O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo, fez uma série de publicações no Instagram nesta terça-feira (13), nas quais parabeniza a atuação de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e demais forças de segurança na Cracolândia e comemora a diminuição do “fluxo” de usuários de drogas na região próxima à estação da Luz, no Centro da cidade. Nas publicações, o vice-prefeito chega a dizer que “a imprensa está inconformada porque não há dependentes químicos”. Em posts publicados nos últimos dias, o vice-prefeito mostrou abordagens que fez a usuários de drogas. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também foi às redes sociais para comemorar. Em uma publicação, ele disse que “desmascarou pensões e hotéis que serviram de pontos de distribuição de entorpecentes”. “A droga parou de chegar, fazendo com que o centro de São Paulo deixasse de ser um ponto interessante para a criminalidade”, escreveu. Na mesma publicação, Derrite afirmou ainda que “não acredita se tratar de uma migração” dos usuários para outras regiões da cidade. “Esses usuários [em outras localidades] são de cada bairro”, respondeu em um comentário da postagem. Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se disse surpreso com a ausência de usuários na Cracolândia. Ele afirmou que ainda está tentando entender o que aconteceu. O chamado “fluxo”, que chegou a reunir centenas de usuários, diminuiu nos últimos dias na região que abrange as ruas dos Gusmões, Andradas, Aurora, Santa Ifigênia, General Osório e Vitória. A prefeitura não informou para onde os usuários foram. A ONG Craco Resiste, que atua na região, afirmou que houve truculência durante as abordagens e os usuários foram espalhados e estão sendo impedidos, pela GCM, de retornar ao espaço na Rua dos Protestantes. “Os relatos colhidos pela A Craco Resiste no projeto de extensão universitária em parceria com grupos de pesquisa da USP e da Unifesp, indicam que houve uma orientação para que a Guarda Civil Metropolitana aumentasse a violência das abordagens. As pessoas ouvidas afirmam categoricamente que os guardas passaram a bater mais no rosto e na cabeça das pessoas, para além das outras agressões já cotidianas na região, com uso de spray de pimenta e apropriação de pertences pessoais, como roupas e dinheiro.” Na região próxima à estação da Luz não havia mais ninguém por lá nesta terça-feira (13), em contraste com a situação encontrada em janeiro. A prefeitura construiu até um muro de 40 metros para cercar a área onde ficavam concentrados os usuários, no que a Defensoria de São Paulo chamou de “curral humano”. A construção foi revelada pelo g1 em janeiro e gerou forte repercussão. Antes, já havia tapumes de metal no local. O PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a demolição do muro, mas a ação foi rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes. Durante a madrugada desta terça, havia um pequeno grupo na calçada e outro caminhando na rua na Rua Helvétia, um dos pontos da Cracolândia. Já na Alameda Glete, próximo ao Terminal Princesa Isabel, mais usuários de droga, mas nada próximo do tão conhecido “fluxo”. Ao circular pelo Bom Retiro, que também costuma ter bastante usuário vagando pelas ruas, a reportagem viu apenas alguns usuários na esquina da Rua Solon com a David Bigio. Fonte: G1