Libertadores Vitória do Palmeiras em La Paz mostra que inteligência e estratégia são vitais na altitude Redação25 de abril de 2025015 visualizações A altitude sempre foi uma das condições mais temidas por clubes brasileiros na Conmebol Libertadores. Na quinta-feira, no triunfo de 3 a 2 diante do Bolívar, o Palmeiras mostrou que dá para superar essa situação com inteligência e estratégia. Em La Paz, a mais de 3.600 metros do nível do mar, o Verdão tinha como principal adversário a adaptação para atuar em um ambiente com ar rarefeito, onde a bola corre mais rápido e o fôlego falta em muitas ocasiões. Abel, então, começou a construir a vitória em uma estratégia pouco utilizada até então na temporada. O treinador armou uma linha de cinco na defesa, com Vanderlan e Piquerez fechando o lado esquerdo, enquanto Giay e Bruno Fuchs fechavam o lado direito. Gustavo Gómez fazia a sobra. E a vitória do Palmeiras passou por ali. O Bolívar tentou colocar uma pressão inicial, mas parava em uma barreira que não dava espaços para os chutes de fora da área. Nos cruzamentos, era quase uma fortaleza. A parte da inteligência apareceu no famoso “saber correr”. Quem via o jogo do estádio percebia que os jogadores do Verdão não se esforçavam desnecessariamente. O meio de campo fazia o balanço de forma tranquila, apenas fechando espaços próximos. No ataque, a regra passou a ser pressionar a saída de bola adversária a partir da intermediária e jogar no erro do Bolívar. E ele veio. Aos 18 minutos do primeiro tempo, Flaco López aproveitou uma vacilada da zaga, driblou o goleiro que saiu no desespero e colocou a bola para dentro do gol vazio. O Palmeiras seguiu a sua estratégia e as aceleradas ao ataque eram apenas nos momentos certo. Aos 47 minutos, Flaco novamente achou o tempo certo. Em nova bobeada da marcação, o atacante carregou a bola do campo defensivo até o ataque, soltou em Facundo Torres, que presenteou o aniversariante Estêvão com um passe açucarado. Parecia que seria uma daquelas vitórias tranquilas. Mas não se pode subestimar quem está acostumado a jogar na altitude, como o Bolívar. A luta pelo fôlegoO Palmeiras começou a segunda etapa da mesma forma da primeira e teve a chance de fazer o terceiro gol aos nove minutos. Mas não se pode vacilar quando se joga em um local que a qualquer momento o ar pode faltar. Logo no lance seguinte à boa arrancada do Verdão, o Bolívar diminuiu. Para piorar, Estêvão teve um mal-estar, vomitou e foi substituído por Mauricio. Era o momento de maior baque para a equipe no jogo. Já com claras demonstrações de cansaço, o Palmeiras pouco conseguia fazer para segurar o time boliviano. Aos 23 minutos, o inevitável. O brasileiro Fábio Gomes empatou o duelo. Tudo que foi construído no primeiro tempo parecia desmoronar. Mas o Verdão de Abel Ferreira tem aquela estrela que aparece em momentos de dificuldade. Quando menos se esperava, Flaco López apareceu mais uma vez para armar uma ótima jogada na direita, aos 27 minutos, driblar a marcação e tocar para Facundo. O atacante errou, mas Mauricio aproveitou muito bem e recolocou o Verdão em vantagem. A partir daí a inteligência e a estratégia voltaram a fazer parte de um Palmeiras valente. Abel fechou mais o time e foi vencendo o cansaço. Era uma luta incansável contra o relógio. A vitória veio com muito suor e entrega. E agora o Verdão, segundo o Espião Estatístico, é o único time brasileiro a vencer três partidas em La Paz na Libertadores. Uma batalha que mostra o que esse Verdão é capaz… Fonte: GE