Justiça dá liberdade condicional a Elize Matsunaga, que deixa prisão

por Redação

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade condicional a Elize Matsunaga, condenada pormatar o marido, o empresário Marcos Mastunaga, em 2012. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que o alvará de soltura foi cumprido no fim da tarde desta segunda-feira (30). 

“A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (30), às 17h35, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé deu cumprimento ao alvará de soltura em favor da presa Elize Matsunaga, em virtude de livramento condicional”, disse a SAP, em nota.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, Elize deixa o presídio sem a necessidade de usar tornozeleira eletrônica. A saída ocorre poucos dias após o assassinato ter completado dez anos, em maio. 

Elize terá de cumprir determinações previstas na legislação sobre liberdade condicional, como:
– obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho
– comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação
– não mudar do território da comarca do juízo da execução, sem prévia autorização deste

Presa desde 2012, Elize foi condenada em 2016 a mais de 19 anos de prisão por homicídio doloso qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima, além de destruição e ocultação de cadáver.

Ela conseguiu remição de parte da pena ao fazer cursos disponíveis e ler livros para reduzir o tempo de pena no cárcere. Além disso, trabalhou na oficina de costura do presídio, função pela qual recebia um salário de, no mínimo, três quartos do salário mínimo.

Em 2019, Elize já tinha conseguido ir para o regime semiaberto e passou a ter direito às saídas temporárias em datas comemorativas. Agora, ela dá um novo passo com a obtenção da liberdade condicional.

O crime

Marcos Matsunaga foi morto dentro do apartamento em que morava com a mulher e a filha do casal. Elize foi flagrada pelas câmeras de segurança carregando três malas. As partes do corpo foram colocadas em sacos plásticos e jogadas na beira de uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo, em um raio de 4 quilômetros.

Após o crime, ela chegou a enviar um falso email à família Matsunaga em que afirmava que Marcos tinha fugido com uma amante. A verdade veio à tona dias depois com o encontro do corpo e o reconhecimento pelo irmão da vítima. Elize acabou confessando o crime e relatou que matou o marido durante uma briga, após descobrir que ele tinha uma amante.

Após cerca de dez anos presa, Elize agora tem a possibilidade de cumprir a pena em liberdade. Ela tem expectativa de poder rever a filha, que ficou com a família de Marcos Matsunaga e que, atualmente, tem 11 anos de idade.

Fonte: Com informações da Agência Estado

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