A Polícia Civil apura o envolvimento de Lourival de França Monário, 54, presidente da Transunião, com familiares de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, 50, conhecido como Marcolinha, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, 54, o Marcola, tido como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital). A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Monário, mas publicará a versão dos defensores dele na íntegra assim que tiver um posicionamento.
A Transunião, empresa de transporte coletivo do Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, é suspeita de manter ligações com o PCC e foi alvo de uma operação do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) no último dia 9.
Foram presos o diretor Jair Ramos de Freitas, 50, o Cachorrão, e Devanil Souza Nascimento, 46, ex-gerente de manutenção. Ambos são acusados de participação no assassinato de Adauto Soares Jorge, 52, ex-presidente da Transunião, ocorrido em 4 de março de 2020. Adauto teria sido morto por se recusar em repassar o dinheiro da Transunião para o PCC. Depois do assassinato dele, Cachorrão assumiu o cargo de diretor da companhia.
O advogado de Cachorrão, Anderson Minichillo, afirma que o cliente é inocente das acusações e não foi reconhecido por nenhuma testemunha. A coluna não conseguiu contato com a defesa de Devanil. Os dois acusados tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
Monário, atual presidente da Transunião, é investigado por suposto envolvimento na morte de Adauto e é alvo de outro inquérito sigiloso do Deic por suspeita de lavagem de dinheiro. Também estão na mira do departamento familiares de Marcolinha e mais cinco pessoas.
Um caixeiro-viajante de 38 anos está no centro das investigações. Segundo a Polícia Civil e o MP-SP (Ministério Público do estado de São Paulo), ele administra os bens da liderança do PCC recolhida em presídios federais, incluindo empresa de transporte, lojas de roupa, estacionamento e veículos de luxo.
Fonte: Com informações da Agência Estado