O prédio que pegou fogo no centro de São Paulo, próximo à rua 25 de Março, corre risco de desabar, confirmou o Corpo de Bombeiros após uma nova avaliação realizada nesta terça-feira (12). A rua 25 de Março e a Comendador Abdo Schahin precisaram ser interditadas nesta manhã devido ao risco de colapso.
Segundo informou o porta-voz dos bombeiros, capitão André Elias, as viaturas da corporação serão reposicionadas e as operações interrompidas para o estudo de novas estratégias.
O risco estrutural é no prédio de 10 andares, onde começaram as chamas, e o porta-voz ressaltou que não recomenda a presença de “curiosos” na região. Às 11h a corporação informou que haviam 13 viaturas e 50 brigadistas no processo de rescaldo.
Em vários pavimentos foram iniciados os trabalhos de rescaldo. Mais cedo o capitão André Elias trabalhava com a previsão de que até o final do dia os trabalhos estariam encerrados.
O prédio atingido pelo incêndio não tinha alvará do Corpo de Bombeiros. Para conseguir o Auto de Vistoria da corporação, os proprietários das edificações precisam apresentar um projeto técnico, ser aprovado e, após estes processos, implementar as medidas de segurança e por último solicitar a vistoria dos bombeiros.
No caso do prédio incendiado, havia um processo iniciado, mas o proprietário não deu andamento.
Prédios comprometidos
O comandante do Corpo de Bombeiros, Jefferson de Mello, afirmou na segunda-feira (11) que quatro construções foram danificadas pelo fogo na região da 25 de Março. Na avaliação inicial, os bombeiros disseram que o prédio principal não corria risco de desabamento. As três outras construções foram consideradas “condenadas”, segundo o comandante.
“Tudo começou na parte de baixo do prédio, entre o térreo e primeiro andar. Pela forma como ele [prédio principal] é compartimentado isso pode não acontecer, mas os demais, que foram atingidos, estão praticamente condenados”, disse Mello. “Há rachaduras bem comprometidas que precisam de avaliação pormenorizadas. Vamos evitar a entrada dos proprietários para a defesa civil fazer a avaliação.”
Fonte: Com informações da Agência Estado