Ao menos 31 perfis em redes sociais, que estavam divulgando fotos das vítimas do acidente aéreo que deixou 62 mortos em Vinhedo, no Interior de São Paulo, para aplicar golpes, foram derrubados em uma operação do CyberGaeco do Ministério Público (MPSP).
De acordo com as investigações, os perfis falsos se passavam por familiares das vítimas para arrecadar dinheiro.
O avião tinha saído de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo, mas acabou caindo em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP).
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22”.
O acidente deixou 62 mortos. É o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007 no Aeroporto de Congonhas, quando houve 199 mortos.
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol, situação em que a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar, segundo especialistas.
Identificação dos corpos
Uma força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou até 17 dos 62 mortos no acidente com o avião da Voepass, que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo, interior do estado. Até este domingo (11), 48 corpos de vítimas passaram por exames.
As declarações de óbitos de oito dos mortos já foram entregues a seus parentes. Familiares de oito vítimas já estavam providenciando os trâmites para as cerimônias de despedida delas em suas cidades. As identificações dos mortos foram feitas por meio de reconhecimento de digitais.
As demais nove vítimas identificadas estão aguardando documentos pessoais delas para que seus parentes também possam liberar seus corpos. Os nomes desses mortos ainda não foram divulgados pelo IML.
O que diz a Voepass sobre o acidente
Em nota divulgada neste sábado, a Voepass disse que a aeronave estava “aeronavegável, com todos os sistemas requeridos em funcionamento, cumprindo todos os requisitos e exigências estipulados pelas autoridades e legislação setorial vigente”.
“Neste momento, o foco da Voepass é proporcionar acolhimento e conforto às famílias das vítimas, que passam por um momento de dor e pesar. Estamos realizando todos os esforços logísticos e operacionais para que as famílias tenham em nossa equipe um apoio efetivo não só para suas necessidades de transporte, hospedagem, alimentação, mas, principalmente, de consolo e apoio emocional”, finalizou.
Fonte: G1