Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um trio de homens atirando para o alto, agredindo pessoas em situação de rua e disputando rachas nas ruas de Manaus.
Os suspeitos são considerados foragidos pela Polícia Civil do Amazonas.
Na madrugada desta terça-feira (22), o delegado Cícero Túlio, do 1° Distrito Integrado de Polícia, pediu a prisão preventiva dos três após acabar o prazo para eles se entregarem.
O caso ganhou repercussão após Pedro Henrique de Carvalho Baima, de 20 anos, gravar um vídeo dele mesmo dentro de um carro disparando um tiro para o alto. Segundo a Polícia Civil, ele faz parte de uma quadrilha de homens que têm aterrorizado moradores de Manaus.
Ainda de acordo com a polícia, o grupo sai pelas ruas da cidade causando destruição e violência. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, eles também são vistos jogando bebida em pessoas em situação de rua. Enrick Benigno Lima, também de 20 anos, é outro integrante que participa de rachas em ruas residenciais e dispara tiros para o alto, ainda segundo a investigação.
Em um dos vídeos, o grupo atira em postes de iluminação pública. Em outro registro, Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos, aparece em frente a um espelho segurando um revólver. Ele também é investigado pela polícia.
O delegado Cícero Túlio afirmou que todos os suspeitos são filhos de empresários da Região Metropolitana de Manaus, pessoas de alto poder aquisitivo.
Na segunda (21), por ordem da Justiça, a Polícia Civil realizou uma operação nas residências dos suspeitos, onde foram apreendidos computadores e celulares. Na casa de Marcos Vinícius, os investigadores encontraram munições de pistola.
A Justiça decretou a prisão temporária dos suspeitos por cinco dias, enquanto a polícia continua as investigações para identificar outros membros do grupo.
O secretário de Segurança do Estado, coronel Marcus Vinícius, comentou sobre o caso. “Não adianta ter dinheiro. Se não sabe se comportar dentro de uma sociedade ordeira, cometeu erro, vai responder pelo seu ato, independente do estado financeiro, independente da capacidade da família”, declarou.
Pedido de prisão preventiva
O delegado Cícero Túlio, responsável pela Operação “Sangue Azul”, que investiga o trio, solicitou a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, sem prazo determinado.
O pedido foi feito após os suspeitos não se apresentarem à polícia. O Poder Judiciário deve analisar o pedido de conversão.
Os suspeitos estão sendo investigados por cerca de nove crimes, incluindo porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, incêndio, explosão qualificada, associação criminosa e injúria real.
Até a publicação desta reportagem, os envolvidos não foram localizados e são considerados foragidos.
Fonte: G1