Depois de mais de sete anos de buscas, a família de Samuel Gustavo de Andrade — desaparecido em dezembro de 2017 aos 19 anos — descobriu que o jovem foi enterrado poucos dias após sumir, sem que nenhum parente fosse comunicado. O irmão da vítima contou que a confirmação veio na terça-feira (3), após resultado de exame de DNA.
Samuel desapareceu em 9 de dezembro de 2017, após sair de casa para ir a uma festa com amigos, no bairro do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Desde então, a família iniciou uma longa busca por respostas.
Sandro Júnior, irmão de Samuel, disse que o caso só voltou a avançar no final do ano passado, quando um novo investigador assumiu o inquérito. Foi esse movimento que permitiu a realização do exame de DNA.
Segundo a investigação, o corpo do jovem foi encontrado em 14 de dezembro de 2017, no Rio Pinheiros, nas proximidades da Avenida Guido Caloi. Na época, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) Oeste e, posteriormente, enterrado como indigente no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na Zona Norte da capital.
Nas redes sociais, os familiares divulgaram uma carta aberta informando o desfecho do caso e prestando homenagens ao jovem. “Você era alegria. Era carinho. Era presença. Tinha um jeito autêntico de viver, de soar, de acreditar nas pessoas, mesmo quando o mundo já parecia duro demais”, diz o texto.
Apesar da dor, os parentes afirmaram sentir alívio por finalmente saberem o que aconteceu. “Agora você tem nome, tem história, tem verdade. E terá, para sempre, o nosso amor!”, disse a família na nota.
O pai de Samuel, Sandro Andrade, de 58 anos, contou que o caso foi reaberto após anos de insistência por parte dos parentes.
A Prefeitura de São Paulo informou que o sepultamento de Samuel foi realizado a partir da liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML).
A TV Globo procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para saber por que o jovem foi enterrado sem aviso à família, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Fonte: G1