O eletricista Hélio da Silva, pai do campeão mundial de jiu-jítsu na modalidade paradesportiva Thaynã Higor, de 25 anos, morto por um atirador na frente de um restaurante na Praia Grande, no litoral de São Paulo, na quarta-feira (12), afirma que o filho era “guerreiro”, “trabalhador” e um “cara especial”. “Por onde ele passava, ele só deixava amizades”, afirma Silva, de 57 anos.
O pai da vítima afirma ainda que, além das pretensões esportivas, o filho estava noivo. “Ele ia se casar no ano que vem. Tiraram os sonhos dele”, diz.
O paratleta foi a primeira vítima do atirador Maurício Alves, de 35 anos, morto do lado de fora de um restaurante de comida japonesa no Canto do Forte, área nobre da Praia Grande. Higor esperava um carro por aplicativo para regressar ao Guarujá, cidade onde morava, quando o atirador se aproximou por trás e disparou contra a cabeça do lutador.
O criminoso ainda entrou no restaurante e matou um idoso que estava em uma das primeiras mesas. Posteriormente, dirigiu-se a uma pizzaria no mesmo bairro e fez três pessoas reféns, mas foi preso.
Maurício Alves era foragido da polícia desde o início do ano por não regressar ao presídio depois de uma “saidinha”. Ele havia sido condenado por extorsão mediante sequestro e ainda tinha 14 anos de pena para cumprir. Agora, ele responderá por homicídio e cárcere privado.
A morte de Thaynã Higor foi lamentada por outros parentes, amigos e praticantes de jiu-jítsu ao longo da quinta-feira (13). O lutador tinha uma lesão que limitava os movimentos de seu braço esquerdo. Praticante da luta marcial desde 2010, ele venceu diversas competições e três campeonatos mundiais organizados pela Confederação Brasileira Paradesportiva de Jiu-Jítsu.
Leandro Lo
Trata-se do segundo assassinato em poucos meses de uma personalidade do jiu-jítsu. Em agosto, o também campeão mundial Leandro Lo foi baleado na cabeça durante um show no Esporte Clube Sírio após uma discussão com um policial militar, que foi preso.
Fonte: Com informações da Agência Estado