Linhas 8 e 9 da ViaMobilidade vão operar com velocidade reduzida pelos próximos três meses

por Redação

As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, administradas pela ViaMobilidade, vão operar com velocidade reduzida e maior tempo de parada pelos próximos três a quatro meses. Segundo os cálculos da empresa, o tempo total de viagem nas duas linhas aumentará em sete minutos, com acréscimo aproximado de um minuto no intervalo entre os trens.

A medida temporária, que teve início nesta segunda-feira (20), foi tomada após o descarrilamento de um trem entre as estações Sagrado Coração e Itapevi, no sábado (18). Na ocasião, uma mulher chegou a passar mal, e os passageiros precisaram dos vagões e caminhar nos trilhos.

Desde o início da gestão da concessionária, as linhas vêm enfrentando uma série de falhas em equipamentos, trens, sinalização, trilhos, além de descarrilamentos. Segundo dados obtidos por LAI (Lei de Acesso à Informação), com exclusividade pelo R7, foram contabilizadas 157 ocorrências apenas no ano passado.

De acordo com a ViaMobilidade, com base em um mapeamento, a velocidade máxima será reduzida de 90 km/h para 70 km/h em alguns trechos importantes para manutenção da via permanente, incluindo trilhos e dormentes.

“Ação temporária, que deve permanecer pelos próximos 3 a 4 meses, de acordo com o avanço nas intervenções. Para isso, a concessionária triplicou as frentes de trabalho que atuam na via”, informou a concessionária.

Ministério Público
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo), por meio de inquérito civil, já apontou diversas falhas na prestação do serviço da concessionária, em razão da falta de investimento humano e estrutural, principalmente de manutenção.

A Promotoria do Patrimônio Público propôs à ViaMobilidade a assinatura de um TAC (Termos de Ajustamento de Conduta) que prevê a adoção de medidas para que os problemas apontados sejam sanados. A empresa, porém, decidiu não firmar o acordo proposto.

No fim de fevereiro, durante a entrega de novo trem para as linhas 8 e 9, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) descartou a possibilidade de romper o contrato com a empresa, como o MP-SP recomendou.

Na época, Tarcísio chamou atenção para os investimentos que estão sendo feitos pela concessionária que vai investir R$ 600 milhões a mais que os R$ 3,9 bilhões previstos no contrato. Ele também destacou que serão entregues 36 trens novos até 2024, além da substituição da rede elétrica, dos trilhos, das subestações e do centro operacional.

Fonte: r7

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