A região da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, vive uma onda de assassinatos. Em cerca de dois meses, 18 pessoas foram mortas, e em vários casos os corpos foram abandonados em vias públicas, com mãos e pés amarrados. Só atentados contra agentes e ex-agentes de segurança pública somam sete mortes e três tentativas de assassinato.
A última vítima foi encontrada sem vida na noite de segunda-feira (22), em uma avenida da Vila São Jorge, em Santos. O homem de aproximadamente 50 anos recebeu 15 disparos.
A polícia investiga se as mortes seriam obra da facção criminosa PCC e se representam um acerto de contas. Nos últimos dias, policiais entraram em comunidades de Santos e São Vicente em busca de suspeitos. Um homem foi preso e confessou o envolvimento na morte do policial militar reformado Pinheiro Correa, em julho.
Também ligado à área da segurança pública, o ex-policial penal Edson Silva Oliveira, de 53 anos, foi encontrado morto em Cubatão na sexta-feira (19), debaixo de uma ponte. No mesmo dia, outros três corpos foram achados na Baixada Santista: um em Santos, um em Peruíbe, e o terceiro no Guarujá.
Um dia antes, um homem e uma mulher foram executados, e os corpos foram deixados às margens de uma rodovia. A poucos metros desse ponto, uma outra mulher levou dez tiros e sobreviveu.
Campainha
Outra vítima da onda de assassinatos foi o agente penitenciário Ronaldo Soares dos Santos, executado a tiros ao atender a campainha da própria casa. Ele trabalhava no Centro de Detenção Provisória da Praia Grande.
Além das mortes, há casos de desaparecidos. O guarda municipal André Ferreira Santos, de 46 anos, foi levado por oito bandidos de dentro da casa dele e não foi mais encontrado.
Os supostos acertos de conta acontecem na Baixada Santista, região dominada pelo PCC e local por onde a maior facção criminosa do país exporta cocaína para outros continentes, por meio do Porto de Santos. A guerra parece ter sido declarada.
Fonte: Com informações da Agência Estado