A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga denúncias de irregularidades no registro de frequência dos médicos que atuam na rede pública municipal de saúde, a chamada CEI dos Médicos, aprovou por unanimidade seu relatório final durante reunião nesta quarta-feira (13/09). Karina Soltur (PSD), Carol Ribeiro (PSDB), Márcia Taschetti (PP), Rafael Acosta (DC), Jayme Junior (Republicanos) e Jorginho Mota (Agir) participaram da votação.
Além de analisar a documentação enviada pela Prefeitura, a Comissão também realizou diligências, fiscalizações e investigações durante seus trabalhos. A relatora da CEI, Carol Ribeiro, leu o documento, concluindo que alguns médicos apresentaram ausências frequentes no serviço, o que teria potencial de comprometer seriamente o atendimento à população.
Entre os apontamentos, o relatório final sugere a responsabilização individual dos médicos cuja conduta verificada indique ausência ou faltas injustificadas; o aperfeiçoamento do controle de frequência; a promoção, pelo Município, de uma comunicação transparente com a população sobre as medidas tomadas para corrigir as irregularidades; a criação de um canal direto para receber as denúncias de munícipes; e a capacitação e conscientização dos profissionais de medicina.
Karina Soltur, presidente da CEI, comentou a apuração feita pela Comissão. “As denúncias que recebemos e fomos atrás para fiscalizar foram comprovadas. Comprovada a falta de médicos por eles não comparecerem à unidade básica de saúde”, disse a parlamentar. Ela afirmou que, em uma das UBSs visitadas, a CEI constatou médicos que não compareciam há mais de três meses.
“O relatório final foi para que o Executivo tome as devidas providências em relação a esses médicos porque quem sofre é a população. Não podemos deixar que a população sofra por falta de médicos por negligência deles, por não estarem trabalhando onde deveriam estar”, explicou Karina Soltur.
Ela falou ainda sobre a necessidade de punir esses médicos. “Se os médicos não vão, que eles possam ser substituídos por médicos mais compromissados com a nossa população. Quem sofre com isso, além da população, é o erário, os cofres públicos. Eles estão sendo pagos, mas não estão trabalhando”, completou a presidente da CEI.