Decisão de Moraes que tira sigilo de relatório da PF sobre golpe cita seis núcleos e os participantes; veja a lista

por Redação

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirando o sigilo do relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas cita a existência de seis núcleos na trama golpista e os participantes.

Veja a lista

  1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.

Integrantes:

Mauro Cesar Barbosa Cid
Anderson Torres
Angelo Martins Denicoli
Fernando Cerimedo
Eder Lindsay Magalhães Balbino
Hélio Ferreira Lima
Guilherme Marques Almeida
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz

  1. Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado.

Integrantes:

Walter Souza Braga Netto
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Bernardo Romão Correa Neto
Mauro Cesar Barbosa Cid

  1. Núcleo Jurídico.

Integrantes:

Filipe Garcia Martins Pereira
Anderson Gustavo Torres
Amauri Feres Saad
Jose Eduardo de Oliveira E Silva
Mauro Cesar Barbosa Cid

  1. Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas.

Integrantes:

Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
Bernardo Romão Correa Neto
Hélio Ferreira Lima
Rafael Martins De Oliveira
Alex de Araújo Rodrigues
Cleverson Ney Magalhães

  1. Núcleo de Inteligência Paralela.

Integrantes:

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Bernardo Romão Correa Neto
Hélio Ferreira Lima
Rafael Martins De Oliveira
Alex de Araújo Rodrigues
Cleverson Ney Magalhães

  1. Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos.

Integrantes:

Walter Souza Braga Netto
Almir Garnier Santos
Mario Fernandes
Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira
Laércio Vergílio
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Sigilo retirado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da Polícia Federal do inquérito que apura a trama golpista para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão também retira o sigilo do documento.

O envio à Procuradoria ocorre após o ministro do Supremo, que é o relator da investigação, analisar o documento com mais de 800 páginas. Com o encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, passa a analisar o material para elaborar a sua manifestação sobre uma eventual denúncia contra os investigados, arquivamento do caso ou pedido de novas diligências.

Se a PGR optar por seguir em frente com a acusação, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo. Auxiliares da Procuradoria avaliam que é possível que a denúncia apresentada seja conjunta contra o ex-presidente – envolvendo também outras investigações em curso, como a das joias sauditas e da fraude no cartão de vacina.

A expectativa é que, assim que a denúncia chegar à Corte, Moraes leve o recebimento da acusação para o julgamento da Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido por Zanin e além de Moraes é integrado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula em seu terceiro mandato.

Caso os ministros decidam pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR, Bolsonaro e os demais indiciados viram réus. A partir daí, iniciaram o andamento do processo. Nesse estágio, tanto Bolsonaro quanto os demais réus poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas.

Bolsonaro e outras 36 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Segundo investigação da PF, o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes no final de 2022.

O documento com o planejamento dos assassinatos, batizado de “Punhal verde amarelo”, foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que foi preso e indiciado. A investigação aponta que, em 16 de dezembro de 2023, o militar fez seis cópias do arquivo, o que, para os investigadores, indica que seriam distribuídas em uma reunião.

A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas, ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país, mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição”

Fonte: OGLOBO

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