STF Decisão de Moraes que tira sigilo de relatório da PF sobre golpe cita seis núcleos e os participantes; veja a lista Redação26 de novembro de 2024011 visualizações A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirando o sigilo do relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas cita a existência de seis núcleos na trama golpista e os participantes. Veja a lista Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral. Integrantes: Mauro Cesar Barbosa CidAnderson TorresAngelo Martins DenicoliFernando CerimedoEder Lindsay Magalhães BalbinoHélio Ferreira LimaGuilherme Marques AlmeidaSergio Ricardo Cavaliere de MedeirosTércio Arnaud Tomaz Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado. Integrantes: Walter Souza Braga NettoPaulo Renato de Oliveira Figueiredo FilhoAilton Gonçalves Moraes BarrosBernardo Romão Correa NetoMauro Cesar Barbosa Cid Núcleo Jurídico. Integrantes: Filipe Garcia Martins PereiraAnderson Gustavo TorresAmauri Feres SaadJose Eduardo de Oliveira E SilvaMauro Cesar Barbosa Cid Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas. Integrantes: Sergio Ricardo Cavaliere De MedeirosBernardo Romão Correa NetoHélio Ferreira LimaRafael Martins De OliveiraAlex de Araújo RodriguesCleverson Ney Magalhães Núcleo de Inteligência Paralela. Integrantes: Sergio Ricardo Cavaliere de MedeirosBernardo Romão Correa NetoHélio Ferreira LimaRafael Martins De OliveiraAlex de Araújo RodriguesCleverson Ney Magalhães Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos. Integrantes: Walter Souza Braga NettoAlmir Garnier SantosMario FernandesEstevam Theophilo Gaspar de OliveiraLaércio VergílioPaulo Sérgio Nogueira de OliveiraSigilo retiradoO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da Polícia Federal do inquérito que apura a trama golpista para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão também retira o sigilo do documento. O envio à Procuradoria ocorre após o ministro do Supremo, que é o relator da investigação, analisar o documento com mais de 800 páginas. Com o encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, passa a analisar o material para elaborar a sua manifestação sobre uma eventual denúncia contra os investigados, arquivamento do caso ou pedido de novas diligências. Se a PGR optar por seguir em frente com a acusação, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo. Auxiliares da Procuradoria avaliam que é possível que a denúncia apresentada seja conjunta contra o ex-presidente – envolvendo também outras investigações em curso, como a das joias sauditas e da fraude no cartão de vacina. A expectativa é que, assim que a denúncia chegar à Corte, Moraes leve o recebimento da acusação para o julgamento da Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido por Zanin e além de Moraes é integrado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula em seu terceiro mandato. Caso os ministros decidam pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR, Bolsonaro e os demais indiciados viram réus. A partir daí, iniciaram o andamento do processo. Nesse estágio, tanto Bolsonaro quanto os demais réus poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas. Bolsonaro e outras 36 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Segundo investigação da PF, o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes no final de 2022. O documento com o planejamento dos assassinatos, batizado de “Punhal verde amarelo”, foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que foi preso e indiciado. A investigação aponta que, em 16 de dezembro de 2023, o militar fez seis cópias do arquivo, o que, para os investigadores, indica que seriam distribuídas em uma reunião. A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas, ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país, mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição” Fonte: OGLOBO