Um homem de 44 anos foi preso por tentativa de homicídio depois de atropelar um adolescente de 14 anos que teria brigado com seu filho, também de 14 anos, em uma escola municipal na Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo.
Uma câmera de segurança registrou o atropelamento na terça-feira (25). Nas imagens, é possível ver que o adolescente caminhava pela rua São Cirilo com a irmã, quando o motorista se aproximou e o atingiu com o carro pelas costas. O adolescente, com o impacto, caiu na rua.
Ainda no vídeo é possível ver que o homem desceu do carro com o seu filho, e disse: “Por que você bateu nele? Olha como ele está”. O adolescente atropelado respondeu que não bateu.
O homem, então, continuou falando que ele agrediu o filho, mostrando o joelho machucado, e falou que ia para a escola aguardar o pai dele. O adolescente, ainda na calçada e reclamando de dor, continuou afirmando que não havia agredido o colega. “Eu não bati nele. Ele me xinga também”.
Na delegacia, o filho disse que não ficou ferido após a briga. Ele contou que o machucado em um dos seus joelhos foi de uma queda e não por conta de uma agressão cometida pelo colega da escola. Após o registro da ocorrência, o homem pagou fiança e foi liberado (veja mais abaixo).
Prisão
De acordo com o boletim de ocorrência, guardas civis metropolitanos faziam ronda, quando foram acionados por uma assistente da escola sobre uma confusão na secretaria entre os dois alunos e o pai de um deles.
Na delegacia, o filho do homem que atropelou o adolescente confirmou que chama o colega da escola de “Coreia” e que ele “nunca achou ruim”. Porém, na terça-feira (25), esse colega jogou papel molhado em sua direção e correu.
Ao ir atrás dele, o menor disse que acabou caindo na escada de uma praça em frente à escola. Na casa, o pai perguntou sobre o machucado e decidiu ir até a escola, quando encontrou o adolescente no caminho.
O pai, segundo o adolescente, teria errado ao tentar fechar com o carro e batido o retrovisor contra o colega da escola.
A ocorrência foi registrada no 42º Distrito Policial (Parque São Lucas), que requisitou a realização de perícia. O homem foi encaminhado para audiência de custódia e liberado após o pagamento de fiança, conforme determinado pela Justiça.
O que diz a escola?
Em nota, a Diretoria Regional de Educação (DRE) Ipiranga informou que o caso ocorreu nas proximidades da EMEF General Osório e não há nenhum registro de conflito ou desentendimento dentro da unidade educacional entre os alunos.
“Eles estão afastados das atividades escolares por motivos médicos. O conteúdo perdido no período será resposto. A EMEF conta com uma estrutura que previne bullying e conflitos, como uma Comissão de Mediação de Conflitos, realização de rodas de conversa, grêmio estudantil e outras atividades que integram os estudantes para tornar o ambiente escolar mais inclusivo e democrático”, afirmou.
Fonte: G1