Kamala Harris ainda não foi nomeada candidata democrata para concorrer à Presidência dos Estados Unidos, mas o seu status online já está claro: ela é um meme.
Na mais recente prova de fama entre a Geração Z, a sensação pop britânica Charli XCX chamou a vice-presidente dos EUA de “brat” — termo que descreve crianças e adolescentes rebeldes e ousadas. A palavra também é o título do último álbum da artista.
E a campanha de Kamala está entrando de cabeça na ideia.
Depois que a artista publicou “Kamala é brat”, na noite do domingo (21), a vice-presidente adotou a cor verde limão para a conta “Kamala HQ”, no “X”. O impulso fez com que conta chegasse a quase 1 milhão de seguidores.
Charli XCX reforçou algo que já se tornou popular online, com memes virais com vídeos de Kamala dançando ou fazendo piadas com músicas da cantora ao fundo.
O “verde brat” de Charlie XCX já havia mobilizado famosos e marcas ao redor do mundo no início de junho, quando o álbum da cantora foi lançado.
Agora, a postagem de domingo relacionada à vice-presidente virou uma nova tendência nos EUA. É um fenômeno que poderia ajudar Kamala a influenciar eleitores jovens que podem ter papel decisivo na eleição de 5 de novembro.
É um contraste marcado com o rival republicano Donald Trump, de 78 anos, mas também com o presidente Joe Biden, de 81 anos, que abandonou a disputa presidencial e endossou Kamala como sua sucessora.
A tendência “brat” se une a outros memes virais de Kamala — como o áudio de um discurso em 2023 que foi atacado por críticos, mas que acabou adotado pela Geração Z como uma filosofia de vida.
A internet adotou o emoji de coco como um símbolo extraoficial de campanha para Kamala. Tiktokers usaram o som do discurso do coqueiro em pelo menos 3 mil vídeos, segundo a plataforma.
Eleitores jovens, que tendem a votar em democratas, estavam desengajados da eleição entre Biden e Trump. De acordo com Chris Mowrey, um influenciador democrata com 340 mil seguidores no TikTok, memes de internet podem se traduzir em votos.
A repercussão do meme também foi tema de assunto na imprensa norte-americana.
Fonte: G1