Dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) apontam que mais de 67 mil pessoas anularam o voto para prefeito de São Paulo no 1° turno, votando nos partidos dos padrinhos políticos, ao invés dos candidatos originais.
O número mais alto foi registrado em votos no número 13, do PT de Lula, partido que pela primeira vez desde a redemocratização não teve candidato próprio na cidade de São Paulo.
No total 48.131 eleitores votos direcionado aos PT no 1° turno, no domingo (6).
A pedido de Lula e Fernando Haddad, o PT optou em apoiar a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, que tem o número 50 nas urnas em todo o país.
Votos nulos para prefeito na cidade de São Paulo / 1° turno
Partido / número da urna Votos registrados no 1° turno PT – número 13 48.131 votos PL – número 22 18.899 votos PSL – número 17 756 votos Total 67.786 votos nulos
Fonte: Tribunal Regional Eleitoral de SP (TRE-SP)
Boulos passou para o 2° turno em São Paulo em votação apertada contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, e o empresário Pablo Marçal (PRTB).
Nunes avançou ao 2° turno em 1° lugar, com uma diferença de apenas 25 mil votos em relação ao candidato do PSOL.
Com os 48 mil votos nulos dados ao PT na eleição da capital , o psolista certamente teria chegado em primeiro lugar na corrida do último domingo (6).
Mesmo que 18.899 votos anulados que foram para o PL, Partido Liberal de Bolsonaro, número 22, que apoia Nunes na capital paulista, o atual prefeito não teria conseguido superar o candidato do PSOL numericamente nas urnas.
Apuração do 1°turno / Prefeito de SP
Candidato votos totais % de votos válidos Ricardo Nunes (MDB) 1.801.139 votos 29,48% Guilherme Boulos (PSOL) 1.776.127 votos 29,07% Pablo Marçal (PRTB) 1.776.127 votos 28,14% Tabata Amaral (PSB) 605.552 votos 9,91% Datena (PSDB) 112.344 1,84% Marina Helena (Novo) 84.212 1,38%
Fonte: Tribunal Regional Eleitoral de SP (TRE-SP)
O candidato do PSOL, por sua vez, teve uma diferença de votos de 56 mil em relação ao candidato Pablo Marçal (PRTB).
Segundo o TER-SP, outras 756 pessoas votaram no número 17, que é do PSL, antigo partido de Jair Bolsonaro, ao qual ele foi eleito presidente em 2018.
Vale lembrar que essa confusão nas urnas na hora da votação também é um pouco culpa dos partidos, que durante o 1° turno usaram muito nas propagandas eleitorais os padrinhos políticos.
Boulos e Nunes chegaram a ser condenados pele Justiça Eleitoral por uso excessivos das figuras de Lula (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas propagandas de rádio e tv, excedendo o limite máximo de tempo permitido pela lei.
Fonte: G1