Em uma das operações mais ousadas da guerra entre com a Rússia, a Ucrânia lançou um ataque coordenado com drones que resultou na destruição de 41 aeronaves militares russas, incluindo bombardeiros estratégicos Tu-95 e aeronaves de vigilância A-50. Uma ponte também foi destruída.
A ofensiva foi planejada por mais de um ano e meio meses e executada com o uso de drones FPV, sigla para Visão em Primeira Pessoa (First Person View). De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, 117 drones foram usados.
A Rússia considerou os ataques da Ucrânia como um ato terrorista.
Drones FPV
Usados para atividades civis, como filmar corridas, esses drones pequenos e baratos foram adaptados pela Ucrânia para fins militares. Eles destacam-se por sua simplicidade e eficácia. São compactos e leves, facilitando o transporte e a implantação em áreas remotas.
Segundo a agência de notícias Reuters, os drones FPV podem custar menos de US$ 500 por unidade, cerca de R$ 3 mil, o que permite a produção em larga escala. Dependendo do tamanho, da bateria e da carga útil, o alcance varia de 5 km a cerca de 20 km.
Originalmente, os equipamentos podem pesar até 3 quilos, incluindo o peso da ogiva, mas a Ucrânia desenvolveu modelos específicos como o “Baba Yaga”, um drone multirrotor capaz de transportar até 15 kg de explosivos e equipado com câmeras térmicas para operações noturnas.
Os equipamentos são controlados por pilotos em solo. Eles usam um fone de ouvido e recebem as imagens transmitidas em tempo real.
Este episódio destaca a crescente importância dos drones FPV no cenário de guerra moderno, evidenciando como tecnologias acessíveis podem ser adaptadas para alterar significativamente o equilíbrio de poder em conflitos armados.
A destruição de 41 aeronaves representa uma perda substancial para a capacidade ofensiva da Rússia, especialmente no que diz respeito a bombardeios de longo alcance.
Fonte: G1