O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) analisou as informações colhidas pela polícia sobre Alicia Dudy Müller, aluna de medicina da USP (Universidade de São Paulo) acusada de desviar o dinheiro da formatura da turma, e se pôs contra o pedido de prisão preventiva da jovem.
Para o órgão, representado pelo promotor de Justiça Fabiano Pavan Severiano, a ação da estudante se trata do crime de estelionato, não de apropriação indébita, como avaliou a polícia no pedido de prisão.
“Diferentemente do que ocorre em relação à apropriação indébita, no estelionato a lei exige representação criminal dos ofendidos para oferecimento de denúncia contra a autora dos fatos”, argumenta o MP-SP, em nota.
Nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Alicia, indiciada pelo desvio de mais de R$ 920 mil do fundo da comissão de formatura. A jovem foi indiciada por nove apropriações em concurso material, crime cuja pena é de até quatro anos.
Em depoimento, ela havia afirmado à polícia que usou parte do dinheiro da formatura para despesas pessoais.
“Ela narrou que começou a sacar os valores porque começou a desconfiar da administração da empresa, que não estava tendo o rendimento que teria que ter. Sacou primeiro R$ 604 mil porque pensou que poderia investir de uma melhor forma, segundo ela alega. Começou a aplicar em instituições bancárias, começou a perder dinheiro e a se desesperar. Ela acabou retirando todo o valor e resolveu fazer apostas em loteria”, afirmou a delegada Zuleika Gonzalez Araujo, titular do 16º Distrito Policial.
Fonte: Com informações da Agência Estado