Uma mulher libertada por Moscou chegou de volta aos Estados Unidos na noite de quinta-feira (10), pelo horário local – madrugada da sexta (11) no horário de Brasília. A libertação de Ksenia Karelina é parte de uma troca de prisioneiros entre a Rússia e os americanos realizada enquanto os dois países buscam reparar suas relações.
Karelina, que tem nacionalidade russa e estadunidense, foi recebida por seu noivo. Segundo a Associated Press, a mulher foi presa na Rússia por doar U$52 a instituição de caridade ucraniana.
Detida em fevereiro de 2024, ela foi condenada por traição. As autoridades americanas classificaram o caso como “absolutamente absurdo”.
A ex-bailarina, também identificada por alguns meios de comunicação como Ksenia Khavana, morava em Maryland antes de se mudar para Los Angeles. Ela foi presa ao retornar à Rússia para visitar a família no ano passado.
Karelina está entre um número crescente de americanos presos na Rússia nos últimos anos, à medida que aumentaram as tensões entre Moscou e Washington devido à guerra na Ucrânia.
Sua libertação é a mais recente de uma série de trocas de prisioneiros de alto perfil realizadas entre Rússia e EUA nos últimos três anos — e a segunda desde que Trump assumiu o cargo e reverteu a política de isolamento da Rússia, buscando encerrar a guerra na Ucrânia.
Do outro lado do acordo, Arthur Petrov foi libertado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, segundo o Serviço Federal de Segurança (FSB), principal agência de segurança e contrainteligência da Rússia.
Petrov havia sido preso no Chipre, em agosto de 2023, a pedido dos EUA. Ele foi acusado de contrabandear microeletrônicos sensíveis para a Rússia, e foi extraditado para os EUA um ano depois.
Sobre as trocas, o diretor da CIA, John Ratcliffe, elogiou “os agentes da CIA que trabalharam incansavelmente para apoiar esse esforço”.
Fonte: G1