‘Agora, eu vou morrer’, diz mulher com deficiência visual que caiu no metrô

por Redação

A mulher com deficiência visual que caiu nos trilhos da estação de metrô Trianon-Masp, na quinta-feira (1º), disse que não havia um funcionário da companhia para guiá-la quando desceu do vagão. “Quando as pessoas começaram a gritar ‘abaixa’, para eu abaixar, e, na verdade, eu estava tentando sair do buraco, percebi que estava no trilho. Deitei de costas e pensei: Agora, eu vou morrer”, diz Magda de Sousa, de 45 anos.

Ela, que é assessora parlamentar, quase foi atropelada por uma composição do Metrô. Magda é assessora da senadora Mara Gabrilli e mora na região do Belenzinho, na zona leste de São Paulo. Todos os dias ela faz ao menos duas baldeações para chegar no escritório da senadora, na avenida Paulista.

Na manhã de quinta-feira, Magda utilizou o metrô e foi atendida normalmente pelos funcionários. A sua última baldeação para chegar na estação Trianon-Masp, onde desembarca para ir ao trabalho, ocorreu na estação Paraíso, da Linha Azul.

“Não existe uma comunicação entre os funcionários. Eles avisam sobre os passageiros prioritários para uma central que se encarrega de avisar aos funcionários da outra estação sobre o passageiro que precisa de auxílio”, disse Magda.

Quando Magda desceu na estação Trianon-Masp não havia ninguém para recepcioná-la. “Quando desci na estação, percebi que não tinha ninguém para me ajudar. Então, como faço esse caminho diariamente, resolvi caminhar em direção as escadas rolantes”, relatou a mulher.

Sem ajuda, Magda se perdeu e acabou caindo no vão das composições do metrô. “Eu caminhei e, em algum momento, me perdi e cai em um buraco. Só não imaginava que estava nos trilhos das composições. Tentei me levantar, mas muitas pessoas gritaram para eu ficar deitada”, lembra.

O grito dos usuários do metrô era porque uma composição estava vindo em sua direção. Magda de Sousa ouviu e se deitou no vão do metrô. A composição passou por cima dela e depois parou. A mulher só foi resgatada depois que desligaram a energia da estação. O trabalho de socorro demorou cerca de meia hora. “Quando saí, ouvi muitas pessoas me aplaudindo e gritando de alegria”, respondeu.

A assessora parlamentar foi socorrida e encaminhada para o Hospital das Clínicas, onde ficou em observação até a manhã da sexta-feira (2). Apesar do susto ela escapou sem nenhum arranhão.

Em nota, o Metrô informou que “lamenta o ocorrido” e que prestou todo o auxílio à passageira que caiu na via. Ainda segundo a nota, se houver qualquer indício que houve falha no protocolo da empresa, que determina o atendimento a deficientes visuais, os responsáveis serão punidos.

Fonte: Com informações da Agência Estado

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