Pesquisa pós-atentado: 80% dos eleitores acreditam que EUA estão ‘saindo do controle’; Trump e Biden têm empate técnico

por Redação

O atentado contra o ex-presidente e candidato à Presidência dos EUA, Donald Trump, não teve impacto imediato significativo em termos de intenção de voto para o republicano, de acordo com a pesquisa Ipsos/Reuters, a primeira realizada após o ataque, divulgada na terça-feira. Trump continua com uma vantagem dentro da margem de erro sobre o democrata Joe Biden, mesmo sentimento captado por pesquisas recentes anteriores — embora, desta vez, o levantamento indique que eleitores dos dois partidos parecem concordar que o país está “saindo do controle”.

Trump apareceu na pesquisa com 43% das intenções de votos nominais entre eleitores registrados, a frente de Biden por dois pontos percentuais (o democrata tem 41%). A vantagem está dentro da margem de erro da pesquisa, de 3% — algo que a Reuters disse sugerir que “o atentado contra a vida de Trump não provocou uma grande mudança no sentimento dos eleitores”.

Por outro lado, o questionário revelou que tanto entre republicanos quanto entre democratas, há uma percepção de que o país está “saindo do controle”, pouco depois do atentado. Um total de 80% dos entrevistados — em uma proporção similar entre apoiadores dos dois partidos — disseram concordar com a afirmação “o país está saindo do controle”.

A pesquisa também indicou que 84% do eleitorado está preocupado com atos extremistas após as eleições. Em uma pesquisa anterior, o percentual correspondente era de 74%.

A pesquisa da Ipsos/Reuters ouviu 1.202 americanos adultos, incluindo 992 eleitores registrados, por meio de entrevistas on-line. A pesquisa foi realizada durante dois dias, após o atentado, e fechou para respostas na terça-feira.

Vantagem em Estados
Se no voto popular a disputa entre Biden e Trump está tecnicamente empatada, na divisão por Estados — fator decisivo no sistema eleitoral americano —, um cenário promissor se apresenta ao republicano. Uma pesquisa realizada pela BlueLabs — financiada por doadores democratas — obtida pela rede CNN identificou um recuo das intenções de voto para Biden em relação a Trump em 14 Estados, incluindo cinco em que Biden reverteu vantagens de Trump em 2020: Arizona, Georgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Ainda de acordo com a pesquisa, o recuo de Biden se acentuou após o desastroso desempenho no debate eleitoral, realizado em junho. A posição do presidente também foi considerada “vulnerável” em Minnesota, Maine, Novo México, Virgínia e New Hampshire.

Os dados ainda revelam que integrantes do próprio Partido Democrata ultrapassaram Biden em Estados decisivos, como o senador do Arizona, Mark Kelly, e os governadores de Maryland, Michigan e Pensilvânia, Wes Moore, Gretchen Whitmer e Josh Shapiro, respectivamente.

Fonte: OGLOBO

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