PF combate desvio de verbas públicas destinadas à saúde

por Redação

Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal, com o apoio da Superintendência Regional da CGU (Controladoria-Geral da União) em São Paulo e da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, realiza a operação Help, para combater o desvio de recursos públicos federais destinados à área da saúde e a movimentação financeira de origem ilícita.

Segundo a investigação, as organizações sociais investigadas movimentaram, somente no estado de São Paulo, valores públicos acima de R$ 1,1 bilhão, sendo mais de R$ 350 milhões em verbas federais.

As investigações apontam para a existência de um esquema estruturado e voltado à criação e à manutenção de organizações sociais e empresas de fachada, com a utilização de “laranjas” como sócios, para desvio de verbas públicas federais e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, empresários e familiares, com o auxílio de outras pessoas e empresas, se utilizavam de um sistema voltado para o superfaturamento e o desvio de valores destinados à saúde pública de unidades médicas e serviços de saúde de Pirajuí, no interior de São Paulo.

Após fiscalizações da CGU, foi revelada a possibilidade de o esquema não se restringir apenas a Pirajuí. Na operação Nácar-19, deflagrada pela PF em Santos, foram investigados contratos firmados pelo município de Guarujá com organizações sociais na área da saúde.

Cerca de 130 policiais federais cumprem 29 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em endereços nas cidades paulistas de Pirajuí, Reginópolis, Avaí, Ribeirão Pires, Diadema, São Caetano do Sul, Embu das Artes, São Bernardo do Campo, São Paulo e Santos.

Também foram expedidas ordens de sequestro de bens dos investigados, de restrições societárias — como o embargo de movimentação empresarial — e de proibição de transferência de bens e imóveis.

As investigações continuam. Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude em licitações.

Fonte: Com informações da Agência Estado

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