Platina 220: quanto custa viver no prédio mais alto de São Paulo?

por Redação
Platina 220

Todas as unidades do Edifício Platina 220, no Tatuapé, maior prédio de São Paulo, já estão vendidas, conforme a incorporadora Porte Engenharia e Urbanismo. Agora, a edificação está na fase de entrega, que será marcada por uma série de eventos entre a última semana de agosto e a primeira de setembro. Mas quanto custa adquirir um espaço nos 172 metros da edificação?

Conforme a tabela de valores de agosto da incorporadora, os apartamentos residenciais estão em uma faixa de preço de R$ 689.236,90 a R$ 707.883,35. Os quartos de hotel, entre R$ 434.978,65 e R$ 1.127.260,86. As salas comerciais, de R$ 778.896,28 a R$ 883.670,05. As lajes corporativas, R$ 5.875.000 até R$ 11.750.000. A variação ocorre em relação à metragem e à altura.

A caminho da zona leste de São Paulo, é impossível ignorar a torre única do Platina 220. Tudo nela é superlativo. Cinquenta pavimentos, contando andares técnicos e três subsolos. De terreno, são 6,4 mil m² e 57 mil m² de área construída. Além disso, um total de 3,9 mil toneladas de aço e 32,3 mil m³ de concreto.

O edifício faz parte de um projeto maior, chamado Eixo Platina, comandado pela incorporadora Porte Engenharia e Urbanismo, que trabalha numa área que engloba Tatuapé, Belém, Vila Carrão, Vila Formosa, Água Rasa e Mooca. O polo urbanístico é paralelo à Radial Leste, fica entre as estações do Metrô Belém, Tatuapé e Carrão, e tem como base a Rua Platina. No total, a 1ª fase do projeto inclui seis prédios.

Uso misto

O Platina 220 não é um edifício corporativo, nem residencial ou hotel, mas promete ser tudo isso ao mesmo tempo. É dividido em quatro tipos de unidades: apartamentos compactos, quartos de hotel, salas comerciais (offices) e lajes corporativas.

No térreo, além das 19 lojas, ficam quatro entradas e cada uma terá uma portaria. Já no subsolo, onde ficam mais de 500 vagas de garagem, as caixas de elevador são divididas por uso e sinalizadas pelas cores na parede. Verde para o residencial; laranja, hotel; e cinza, corporativo e offices. Também há dois elevadores de transferência (transfers), que levam o visitante até o térreo.

O residencial e o hotel dividem do 1º ao 10º andar. Os 190 quartos do hotel, de 19 m2 a 49 m2, em corredores em formato de “U”, ficam à direita; já os 80 apartamentos compactos, de 35 m² e 57 m², à esquerda.

Do 12º ao 23º andar, ficam 195 salas comerciais, com unidades de 26 m² a 49 m². Elas serão ocupadas por escritórios menores ou consultórios médicos, por exemplo. Mais perto das nuvens, entre os andares de número 25 e 46, ficam as lajes corporativas. Serão duas por andar, somando 50 no total. Elas têm metragens de 250 m² a 500 m².

O 47º pavimento é técnico, que abriga instalações elétricas e hidráulicas. Acima dele, fica a laje de cobertura. Daquela altura é possível ter uma visão 360º de São Paulo. Alguns prédios, que do chão parecem gigantes, ficam pequenos.

Nova fase da verticalização do Tatuapé
Entre os moradores da região, o prédio que ocupa o número 220 da Rua Bom Sucesso, próximo ao Metrô e ao Shopping Tatuapé, provoca admiração e esperança de mais protagonismo para o bairro, mas também preocupações sobre encarecimento da região e complicações no trânsito.

Urbanistas ouvidos pelo Estadão afirmam que o maior prédio da cidade estar na zona leste – fora do centro expandido e do chamado quadrante sudoeste – é “simbólico”. Para eles, existe a possibilidade de uma “nova centralidade terciária”. Por outro lado, levantam preocupações sobre um possível apagamento da memória do bairro e êxodo da população mais pobre com a valorização imobiliária.

Fonte: Com informações da Agência Estado

Leia também

Assine nossa Newsletter

* obrigatório