A Polícia Civil investiga uma agressão contra uma babá cometida por um sócio do Clube Athletico Paulistano, nos Jardins, área nobre de São Paulo, no último final de semana. O homem diz que também foi agredido pela babá.
Segundo a Federação das Domésticas de São Paulo, a trabalhadora foi agredida com um soco na boca por um associado do clube, após intervir em uma situação envolvendo crianças sob sua responsabilidade profissional. “O agressor, além de filmar as profissionais sem autorização, reagiu de forma violenta e desproporcional quando confrontado, resultando em um ato covarde!”, diz a federação.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que uma mulher, de 26 anos, e um homem, de 46, compareceram ao 78º Distrito Policial (Jardins), entre os dias 24 e 26 de maio, e relataram terem sido agredidos durante uma briga no clube.
“Cada um alegou ter sido agredido pelo outro. Foi expedida requisição para realização de exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) para ambos.” O caso foi registrado como lesão corporal.
Um áudio que circula entre sócios do clube relata que a briga teria começado por conta de uma discussão entre crianças, após um menino ter provocado colegas menores e se recusado a devolver uma bola.
Ainda de acordo com o áudio, uma babá teria pedido para que a criança devolvesse o objeto, mas ele teria chutado a bola para longe e procurado o pai, alegando que havia sido agredido.
Durante a discussão entre o pai e as babás, o homem teria começado a gravar as trabalhadoras com o celular. Uma das babás teria batido no aparelho, que caiu no chão. Nesse momento, o associado teria desferido um soco na boca da mulher, que teria revidado. Outras pessoas presentes teriam separado a briga.
A Federação das Domésticas repudiou a agressão e pediu:
Apuração rígida dos fatos por parte do Clube Athletico Paulistano;
Responsabilização do agressor, com o devido encaminhamento à autoridade policial;
Proteção e acolhimento à trabalhadora agredida;
Adoção de medidas concretas pelo Clube para coibir e prevenir condutas discriminatórias, abusivas ou violentas contra todas as trabalhadoras e trabalhadores que atuam em suas dependências, incluindo babás, cuidadoras, prestadores de serviços e demais profissionais que exercem atividades de cuidado
O Paulistano informou que está apurando o caso, com base em imagens e relatos, para que providências necessárias sejam executadas, de acordo com suas normas internas de conduta.
Fonte: G1