Adilson Gomes da Silva, considerado uma espécie de tesoureiro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e “gestor” da Cracolândia, agia como comandante do tráfico na região há cerca de 20 anos. O delegado Roberto Monteiro explicou como funcionava o trabalho do homem antes de ele ser preso, na última terça-feira (28).
O acusado, conhecido como Deco, nunca participava do fluxo da venda de drogas, mas tinha a maior autoridade financeira, e os traficantes deviam responder a ele.
Segundo o delegado, cada traficante precisava pesar a droga, contabilizar o dinheiro, anotar nas planilhas e repassar os dados ao tesoureiro. “Ele monta uma mesa com alguns objetos, separa armas que são utilizadas com os dependentes químicos, como chave de fenda e o kit do traficante. Para o atendimento, ele pega a pedra [de craque] e mede certinho na balança o quilo”, explicou.
De acordo com publicações feitas pelo delegado em redes sociais, o dependente químico paga em dinheiro quando tem, mas, quando não tem, deixa o documento ou um cartão de crédito como garantia.
Quem administrava a contabilidade dessas vendas, de acordo com a Polícia Civil, era Adilson. O homem morava em um apartamento na região e também possuía um hotel, um estacionamento na avenida Rio Branco, diante da praça Princesa Isabel, antigo reduto da Cracolândia, e ainda três bares.
Fonte: Com informações da Agência Estado