O Metrô de São Paulo entrou com uma ação de indenização de mais de R$ 7 milhões, contra o Sindicato dos Metroviários, por conta da greve do dia 3 de outubro.
No começo do mês, funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp cruzaram os braços em protesto contra os projetos de privatização de linhas ferroviárias e da companhia de saneamento básico do estado.
O juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara de Fazenda Pública, que analisa o processo, disse que o Sindicato dos Metroviários tem o prazo de 30 dias para apresentar defesa, sob pena de “serem presumidos como verdadeiros os fatos articulados na ação”.
Em nota, o Metrô afirma que “o pedido de reparação feito pela Companhia compreende os prejuízos financeiros decorrentes da impossibilidade de arrecadação durante a paralisação. Na ocasião, houve descumprimento, por parte do sindicato, da liminar que determinava o funcionamento da operação das linhas do Metrô com 100% do efetivo nos horários de pico e 80% nos demais.”
Presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa diz que só soube da ação civil por meio da imprensa. Lisboa considera a movimentação do Metrô um ato antissindical que atenta contra o direito democrático de greve, previsto na constituição brasileira.
Ainda segundo Camila Lisboa, a ação civil é uma prática de má fé, porque já existe um processo na Justiça trabalhista, que é a esfera competente que julga as greves e lutas dos trabalhadores.
Fonte: r7